Fisio Pélvica: Como é a Consulta?
Muitas pessoas ficam preocupadas com a primeira consulta de Fisioterapia Pélvica, sobre como funciona a avaliação e tratamento.
- Avaliação
Consiste a grosso modo de duas fases: Verbal e Física.
A avaliação verbal é muito mais do que uma “conversa”, é desta forma que podemos conhecer e entender o problema/disfunção que o paciente está passando. Com perguntas que direcionam o entendimento do quadro e utilização de questionários validados.
Já a avaliação física nos permite compreender a dinâmica postural e sua relação com a região pélvica, além de observar possíveis tensões musculares em outras regiões do corpo.
A região íntima também é avaliada através da realização de testes musculares, de reflexos, sensibilidade onde o Fisioterapeuta Pélvico poderá mensurar força e coordenação muscular do assoalho pélvico. Como na consulta ginecológica.
- Como funciona o tratamento?
Após a avaliação inicia-se o tratamento e como parte dele estão orientações personalizadas. É neste ponto que algumas pacientes que sofrem com vaginismo se preocupam. Nestes casos, por exemplo, o tratamento é realizado fase por fase, sendo que até mesmo a avaliação é diferente, não oferecendo dor ou sofrimento para a paciente respeitando sempre seus limites.
- E o tratamento em crianças, gestantes ou mulheres virgens…?
Nestes casos existem algumas particularidades. Em crianças o tratamento nunca será invasivo. É muito comum utilizarmos um aparelho conhecido por Biofeedback por EMG de superfície, onde serão posicionados eletrodos auto adesivos na região íntima, para realizar o treinamento do assoalho pélvico. Todos cuidados são tomados para que a criança entenda o que está fazendo, além da participação de um responsável acompanhando, promovendo maior conforto e confiança. O mesmo tipo de aparelho pode ser utilizado no tratamento de mulheres virgens ou com vaginismo, não sendo introduzidos equipamentos internos.
Com as gestantes, após liberação médica inicia-se o acompanhamento que visa preparar o assoalho pélvico para o parto por via vaginal, mas é indicada independente da via de parto para minimizar a sobrecarga que ocorre nesta musculatura com o passar dos meses gestacionais.